Experiência e História

19 Mar, 2019 | Memorial

José Luiz Heleno
CeasaMinas – Administração
Na CeasaMinas desde 1977

Aos 64 anos, o funcionário da administração da CeasaMinas, José Luiz Heleno, trabalha atualmente na Seção de Informação de Mercado, mas contabiliza grande experiência pelos diversos setores da empresa. Formado em técnico agrícola, José Luiz fez licenciatura em Matemática e o curso de Ciências Contábeis, que não chegou a finalizar.

José Luiz começou a trabalhar na CeasaMinas em 02 de fevereiro de 1977, como orientador de mercado. “Fiquei nesse cargo durante um ano e fui trabalhar como caixa na portaria de acesso à CeasaMinas no recebimento de tarifas e marcação de áreas aos produtores rurais que utilizavam o MLP, por um período de três a quatro anos”. José Luiz atuou, também, no setor contábil, foi chefe da Seção de Contas a Pagar e da Seção de Programas Especiais, “Na época, o programa era financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BIRD, com a denominação de programas Noroeste I, II e PROECI”, explica. Atuou, ainda, na Seção de Custos, Orçamentos e Planejamento, onde era elaborado o planejamento e orçamento anual da empresa. José Luiz foi, também, chefe do Centro de Recursos Humanos, onde ficou por 13 anos. Depois, atuou na Seção de Cadastro. “Fiquei neste setor durante 10 anos. Foi o período de regularização dos Contratos das Concessões de Uso da CeasaMinas, quando atuei juntamente com o chefe do Departamento Técnico, Gilson dos Santos Neves”. O funcionário relembra que, em 2007, de acordo com o TAC – Termo de Ajuste de Conduta do Ministério Público Federal juntamente com as Associações representativas dos Concessionários das respectivas unidades (Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Caratinga, Governador Valadares e Barbacena), foram regularizados todos os Contratos de Concessão de Uso existentes. “Depois disso, fui transferido para o Departamento Técnico onde estou lotado, na Seção de Informação de Mercado – SECIN”.

O início
Quando chegou à Ceasa José Luiz tinha apenas 22 anos e, hoje, fala sobre o início de suas atividades na estatal. “Trabalhei durante seis meses na Ceasa-DF em Brasília. Depois, participei de um concurso na CeasaMinas e fui classificado. Quando a gente chegou aqui, estavam em operação somente os pavilhões de letras onde estavam instalados, principalmente, os comerciantes de hortigranjeiros. Ainda não existiam os pavilhões de números, pois eles foram construídos a partir de 1982, quando do primeiro plano de expansão através de consórcios entre concessionários. Os pavilhões foram erguidos pela Construtora MARCO XX”. Ele relembra que, no início, apenas 50% do entreposto era asfaltado. “Somente as áreas de hortigranjeiros eram asfaltadas. Só havia restaurantes no meio dos pavilhões A e I, que fechavam na sexta-feira à tarde e a gente não tinha onde se alimentar, pois só reabria na segunda-
feira de madrugada. Posteriormente, esse restaurante foi remanejado para a esquina do pavilhão, na esquina do Itaú onde está até hoje. Foi o primeiro a se instalar aqui”.

Dificuldades
De acordo com José Luiz, o transporte público era praticamente inexistente. A única linha que atendia a CeasaMinas passava pela BR 040, que fazia sentido Bairro Nacional para o centro de BH e vice-versa, com horários muito restritos e pouca escala de viagem.
O funcionário explica que a maior dificuldade, no início das operações da CeasaMinas, foi o setor comercial aceitar o remanejamento dos Mercados instalados no centro de Belo Horizonte, Mercado Central e Mercado Novo para Contagem. “Eles vieram para cá basicamente coagidos, porque na época tinha uma lei de perímetro e todos os produtos em nível de atacado de hortigranjeiros, deveriam passar pela CeasaMinas”. José Luiz conta que diariamente havia policiamento e fiscalização, para coibir esse tipo de comércio na região central de BH. “Naquela época, os Mercados Distritais do Cruzeiro, Barroca, Santa Tereza e a Feira Coberta, eram administrados pela CeasaMinas e os produtos ali comercializados tinham procedência obrigatória na CeasaMinas”.

Função social
Para José Luiz, uma importante função da CeasaMinas foi fortalecer o homem do campo, que tinha dificuldades para escoar sua produção. “Hoje ele tem o Mercado Livre do Produtor, que no início da Ceasaminas tinha uma área construída de 10 mil m² e hoje conta com um espaço de 20 mil m².
Eu acho que a Ceasa cumpriu sua função social de oferecer suporte para o produtor rural e para o consumidor. Durante um bom período, de 1976 a 1996, com a hiperinflação, funcionou como reguladora de preço,
controlando o mercado.