Contagem, 28 de maio de 2018.
A Greve dos Caminhoneiros, que chega hoje ao oitavo dia, traz reflexos negativos ao mercado da CeasaMinas e no dia a dia dos consumidores. O bloqueio de estradas já reflete na comercialização de produtos na Central de Abastecimentos de Minas Gerais – entreposto de Contagem, com transtornos aos comerciantes, que não recebem mercadorias, deixando desabastecidos os consumidores, com a falta de produtos nos supermercados.
“Estamos assistindo ao esvaziamento da Ceasa”, alerta o diretor-presidente da ACCeasa – Associação Comercial da Ceasa-MG, Emílio Brandi. De acordo com o diretor, os prejuízos dos comerciantes já alcançam números exorbitantes, pois o mercado está totalmente desabastecido. “Não estamos recebendo produtos para comercialização e a situação está ficando muito grave. Para a entrega de hortifrutigranjeiros chegam na CeasaMinas, diariamente, uma média de 1200 caminhões e não está chegando nada. Frutas, legumes e verduras que chegaram hoje, em pequena quantidade, foram direcionados ao Mercado Livre do Produtor e são provenientes de produtores de regiões próximas à Belo Horizonte.
Emílio Brandi informa que este desabastecimento está gerando uma crise sem precedentes no comércio da CeasaMinas. “Estou aqui há 35 anos e nunca presenciei isto. Muitos associados têm contas para pagar, condomínios e aluguel de lojas, dentre outros compromissos. Uma semana já está comprometida e muitos aqui trabalham com pouco capital de giro, contam com a mercadoria, para comprar e vender”.
O diretor destaca que é difícil mensurar os prejuízos e que a situação já está ficando insustentável. “Não chega nada. Está todo mundo reclamando. Nossa expectativa é que esta situação se resolva ainda hoje, mas sabemos que ainda sofreremos por muito tempo os impactos desta paralisação”, finaliza.
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